quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Arambaré



Novembro de 2010

Arambaré no Google Maps

Arambaré é um município de 3.825 habitantes, à beira da Laguna dos Patos, a 156 km de Porto Alegre. Destes, 26 km são de estrada de chão, após a entrada a partir da BR 116.

"Inicialmente chamava-se "Barra do Velhaco", por estar situada na Foz do Arroio Velhaco. Em 1938 passou a denominar-se "Paraguassu" e, em 1945, adotou o nome de "Arambaré", que quer dizer "o sacerdote que espalha luz".

Nesta localidade, conhecida desde os tempos coloniais de 1714, moravam índios com costumes especiais - pescadores e comerciantes de peles que tinham mãos e pés bem desenvolvidos. Eram os índios Arachas, também conhecidos como Arachanes ou Arachãs, que na língua tupi significa "patos".

Por volta de 1763 casais açorianos vindos para o sul estabeleceram-se na margem esquerda do estuário do Guaíba e na margem direita da Lagoa dos Patos, fundando fazendas e charqueadas até o rio Camaquã.

Desde essa época, os habitantes do então distrito de Arambaré uniram-se na busca do desenvolvimento através da agricultura, da pecuária e sobretudo pelo grande potencial turístico e pela beleza natural da localidade, emancipada em 20 de março de 1992 do município de Camaquã e de parte do município de Tapes.

Data de Emancipação: 20/03/1992
Lei nº 9603
Área do Município: 519 km2
Altitude: (metros acima do nível do mar) 4m
Clima: Sub-tropical
Distância de Porto Alegre: 156 Km
Vias de Acesso: BR 116 e RS 350"

(Dados publicados no site da Prefeitura de Arambaré)


A viagem até lá é muito bacana, percorre-se a BR 116 (direção Porto Alegre - Pelotas) por paisagens muito bonitas e a rodovia está em ótimas condições. 15km após a entrada de Tapes, pega-se uma estrada de chão de 26km. Ali o visual da campanha gaúcha mistura-se com a vegetação típica das regiões de costa doce, mas, nesse ambiente, ponteadas aqui e ali por coqueiros que tornam o cenário muito mais intereressante e exótico.




No final dessa estrada de chão, encontra-se o pórtico de entrada da cidade, construído numa alusão à sua vocação lagunense.



A entrada na cidade é feita pela rua Adelino Machado Souza, uma espécie de "costaneira" repleta de figueiras fantásticas. Você vai ver muitas figueiras sensacionais em Arambaré.






Nessa rua se vê o abandonado e antigo engenho de arroz, construído por um médico e fazendeiro uruguaio, e que já foi até hotel (Hotel Cibils). Uma construção um tanto macabra que domina completamente o cenário da orla.






Na frente deste prédio abandonado, estende-se a plataforma de pesca José G. de Lima, atualmente em péssimas condições de conservação, tornando-se, inclusive, um risco a quem a visita.





Ao lado da plataforma, na praia da Cibilslândia, você encontra outra atração turística da cidade. O Monumento aos 500 anos do Descobrimento do Brasil.



Ali perto fica, numa transversal da Rua Adelino, há a gruts Santa Rita de Cássia.





Em estilo aventuresco, chega-se à ponte João Goulart, sobre o Arroio Velhaco. Para atravessá-la, espera-se o sinal verde na frente da ponte, porque ali só se passa num sentido de cada vez. Hesita-se, mas adrenalina gotejada em suave quantidade é bem confortável para qualquer um.




Apesar de começar a consolidar uma visão das potencialidades turísticas da cidade, esta ainda não conta com uma infraestrutura de acolhimento muito desenvolvida. Apenas um hotel muito simples e algumas pousadas e campings distribuídos pela cidade atendem precariamente o visitante. Restaurantes também são muito poucos. E fecham cedo, muitas vezes nem abrindo à noite. Na página ONDE FICAR, do site da prefeitura, é possível obter-se uma lista de estabelecimentos de hospedagem. E aqui você tem uma lista de lugares para refeições.

Há uma matéria muito interessante sobre o turismo local, incluindo uma dica muito legal de turismo rural que foi veiculada na TVCOM:



Encontramos uma pousada muito bacaninha, a Pousada Vila Verde, com um espaço interno interessante, restaurante próprio, estacionamento amplo e um atrativo especialíssimo: bicicletas. E o melhor, nada nos foi cobrado para usá-las, é uma cortesia da pousada. Uma grande sacada, sem dúvida, viu Dona Ilza? Parabéns!






Com elas, percorremos a cidade de uma forma muito mais lúdica do que se o fizéssemos de carro ou a pé. Além disso, a orla da cidade é planejada para o pedestre, tornando o passeio muito mais seguro e tranquilo.

A primeira parada foi a pequena, mas muito simpática, igrejinha Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira do município, na rua Justino Ildefonso Pereira.




Quatro quadras dali, uma das maiores atrações da cidade: a Figueira da Paz, considerada a maior do estado e também uma das mais antigas. Calcula-se que tenha sido plantada há, aproximadamente, 350 anos. São toneladas de galhos impressionantes, muitos calçados por estruturas de apoio por causa do perigo que oferecem sobre o telhado das casas em volta do tronco, cujo diâmetro deve ter uns 12 metros, formando uma copa que espalha sombra por 60 metros. Uma história muito interressante foi gravada em placa de bronze e pode ser lida aos pés da colossal árvore.










"Há aproximadamente cem anos atrás, neste local, habitou uma mulher índia, de origem guarani, chamada popularmente de 'Justa'. Segundo relatos dos primeiros moradores, aqui se estabeleceu e faleceu, tendo sido sepultada junto a esta figueira, a qual passa a denominar-se "Figueira da Paz" em homenagem aos eventos que se realizam nesta data, em 80 países do mundo, alusivos à paz mundial.

Arambaré, 15 de novembro de 1997"


Pertinho da figueira, quase chegando na beira da lagoa, a praça Checker Buchaim:






Finalmente, chegamos à orla. Chamada de Praia do Calçadão, emenda-se com a Praia da Costa Doce. Amigos, usando bicicletas é um passeio maravilhoso, percorrendo-se uma trilha perfeita, ladeada por sombra, praia e sossego.














Arambaré é, portanto, uma cidade muito interessante de se visitar pela sua natureza calma e tranquila. Um paraíso para viajantes que procuram recarregar o espírito.


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